Anos atrás acreditávamos que a terra era o centro do universo, que Deus era um velhinho de barbas brancas, severo, que decidia, depois de nossa morte, se iríamos para o céu ou inferno. Ainda hoje há pessoas que acreditam em um Deus personificado exclusivo de um povo e que a terra possui um lugar de destaque em relação a outros planetas.
Com a evolução da ciência, essas ideias tacanhas são difíceis de serem sustentadas. Hoje sabemos que somente em nossa galáxia Via Láctea há 100 milhões de planetas girando em torno de milhares de sóis. E no universo existem 200 milhões de galáxias, a maioria maior do que a nossa e com milhares de planetas a mais.
Encarar a ciência como inimiga da espiritualidade, como fazem algumas religiões, é pura insegurança e medo de retratar ideias ditas há séculos no escuro da ignorância. A ciência é uma aliada que em seu desenvolvimento revela conhecimentos para a ampliação da consciência humana. É através da ciência que podemos vislumbrar a grandiosidade do universo e deduzir que é impossível que seja obra do acaso. É através da ciência que podemos conhecer a magnífica máquina que é o corpo humano e deduzir que é impossível ser obra do acaso. É através da ciência que podemos conhecer as leis da natureza, tão harmônicas e inalteradas que atuam em todo o universo e que não podem ser obra do acaso.
É através da ciência que podemos ver melhor a obra de Deus, a inteligência de Deus, a magnitude de Deus. Mas não aquele Deus velhinho, de barcas brancas, um Deus universal que nossa inteligência não é capaz de explicar e nem de entender. Um Deus que está presente em todos os lugares, em todos os seres.
Mas afinal o que tudo isso tem haver comigo, com meu sofrimento, com meus problemas? Tem tudo haver, pois no momento que se tem consciência da grandiosidade do universo e da atuação de uma força maior que está presente em tudo em todos os momentos, sabe-se que nada acontece por acaso. Nenhum sofrimento é por acaso, nenhum problema é por acaso. Nada é por acaso. Tudo tem uma razão para acontecer, tudo está inserido dentro das leis da natureza. Por acaso pode-se colher maçãs se plantarmos uma semente de espinheiro? Podemos colher alegria se plantarmos o mal?