Esaú Martins Bittencourt é Presidente da SEOVE - Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna, uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, de amparo à criança, à velhice e de trabalho com a comunidade.
Em seu depoimento, o administrador confirma o grande valor dos que aqui iniciaram as obras de caridade, no Campeche. E deram muito de si próprios a esta causa.
Esaú Martins:
"-A SEOVE nasceu do grande esforço de poucas pessoas de boa vontade, que se uniram para trazer à população do Campeche em 1972, um pouco de desenvolvimento para comunidade local. A comunidade da região foi "atingida" por esses princípios de solidariedade, fraternidade e aproximação comunitária.
A comunidade daquela época, se dirigia à SEOVE para aprender jardinagem, crochê, bordado... Nos dias atuais, ela passou a ser uma difusora de informação, de princípios filosóficos, e desenvolveu a questão comunitária, abrigando idosas em condição de vulnerabilidade social. Contamos hoje 25 idosos, abrigados com conforto em boas instalações, com profissionais especializados e tudo de acordo com a vigilância sanitária. Sendo conveniados à Secretaria Municipal de assistência Social, recebemos relativamente, metade de nossos custos mensais. Estamos também em conformidade legal com os órgãos estadual e Federal.”
DuCampeche :
“-O asilo chama-se Lar de zenóbia?”
Esaú Martins:
"-Primeiramente, como segmento religioso sua denominação foi "Lar dos velhinhos de Jesus", depois passou a denominar-se "Lar de Jesus" e atualmente, "Lar de zenóbia", que é a patrona da obra que abriga nossas senhoras.”
DuCampeche:
“-Reparamos o destaque das Ações Sociais, pode nos explicar como isso é organizado?”
Esaú Martins:
“- Nós temos aqui uma Ação Social, por Nós, chamada de "Dona Baby". Não é nova, já vem de grupos anteriores à execução deste projeto na comunidade... Numa abordagem à população mais carente, que hoje em dia é conhecida estando em "vulnerabilidade social..." Juntamente com o CRAS - Centro de referência de Assistência Social, órgão da prefeitura, responsável pelo Campeche e pela Tapera, possuem os nomes das famílias em situação mais difícil, para se auxiliar, complementado de alguma forma, pela prefeitura de Florianópolis.”
DuCampeche:
“-Percebemos que além do Lar zenóbia, na mesma Área da SEOVE, existe uma creche. Como funciona a administração da mesma?”
Esaú Martins:
"-Na atualidade, devido ao custeio elevado da manutenção da creche, a Diretoria das gestões anteriores reuniram-se e em comum acordo com o Executivo Municipal, decidiu-se por repassar esse serviço Comunitário à Prefeitura Municipal de Florianópolis. Nós apoiamos. Cedemos à quadra, o espaço, o ambiente. Mas administrativamente, está sob a responsabilidade da Prefeitura.”
DuCampeche:
“-A SEOVE possui grupos de estudo? Como eles funcionam?”
Esaú Martins:
"-A parte filosófica, doutrinária é desenvolvida no Núcleo Albano Pimentel. Semanalmente, segundas às 20:00hs, quintas às 15:00hs, onde são expostos temas da doutrina espiritualista, em sua fase de espiritismo... ensinamentos úteis para o dia-a-dia como: (1)Equilíbrio, (2)Conduta mental, (3)Questões de inter-relacionamento pessoal, -melhor convivência entre as pessoas- (4) Ética e ensinamentos sobre cidadania e seus direitos, que favoreçam o crescimento dos jovens como indivíduos na sociedade, formando melhor sua personalidade.”
DuCampeche:
“-Sobre as palestras que ocorrem com frequência, elas giram em torno de que assuntos?”
Esaú Martins:
"-As palestra são conhecidas por seminários. São pessoas dotadas de algum conhecimento, que nos visitam e vem colocar-nos suas ideias, baseando-se em livros, teses para a comunidade. As palestras são divulgadas no "FACEBOOOK", que é: www.facebookseove. São informações, quase diárias, que ocorrem no Lar de Zenóbia, e também no Centro de Convivência e na ação "Dona Baby".”
DuCampeche:
“-A Entidade teve início em 1972, o Sr. aqui chegou em 1981. Passaram-se 34 anos. Como era o bairro naquele momento, e como se deu a sua evolução, até chegarmos nos dias atuais?”
Esaú Martins:
“Haviam pouquíssimas ruas com pavimentação. O restante eram ruas de areia. Foi muito agradável viver entre os nativos e algumas famílias tradicionais, pescadores e suas redes, conheci o "seu Chico", tive contato com a bondade do povo local, sou do Sul do estado, mais precisamente de Tubarão. Aqui, pude estudar e me formar na Escola Técnica Federal de Santa Catarina.E aqui no Bairro existiam dois pontos principais : o "Pontal" e a "Fazenda" A rua do gramal, por exemplo era rua de carro de boi , era rudimentar.
Eu residia na Rua dos Eucaliptos, próximo do "Mercado Baiá"... Eu sempre me dei bem com todos foi uma época muito agradável, pessoas eram muito acessíveis enquanto o bairro ia crescendo fora de uma ordenação ideal... Embora até por uma questão geográfica sejamos todos forçados a uma transformação rápida obrigando a se reorganizar sucessivamente... No meu entender e no de mais pessoas é necessário se ocupar o campo de aviação, de que se produza uma boa ocupação, com associações e com entidades comunitárias afim de que se produza uma boa utilização daquela área ali, que é pública..."
Da redação DuCampeche