Conselho Comunitário de Segurança do Sul da Ilha requisita aumento do efetivo Policial

Na Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, capítulo III, o Artigo 144 diz: - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

 I - Polícia federal; II - Polícia rodoviária federal; III - Polícia ferroviária federal; IV - Polícias civis; V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.

 

O tema da segurança, abordado pela carta magna, é enfrentado pelas gestões Federal, Estadual e Municipal, como prioridade, mas na prática, o que se vê nos noticiários e se sente, é a insegurança em que se encontram os cidadãos. Esta realidade é consenso de especialistas dentro das polícias e fora delas.

Bairros da Capital em ascensão comercial, residencial e empresarial, tornam-se rapidamente o foco de meliantes, que se aproveitam do baixo efetivo nas polícias civis e militar para cometer delitos.

Notamos que existe até uma a relação comportamental de mercado, como foi observado anteriormente pelo Presidente do Sindicato de Habitação de Florianópolis, Fernando Amorin Wilrich:

 "-Cada vez mais, as pessoas querem saber se o local onde vão morar tem serviços de segurança privada. Percebemos essa tendência, principalmente com a vinda de pessoas de cidades maiores para morar aqui, e entre o público das classes A, B e C".

 

A descrença da população de que melhorias efetivas sejam implementadas na Segurança Pública, e que sua atenção resulte em uma queda considerável nos índices de arrombamentos, assaltos, latrocínios e homicídios, mantém tensão social e a queda nos índices de qualidade de vida dos habitantes.

Como um fato que é sentido por toda a população, o clima de insegurança, hoje em escala crescente (segundo estatísticas do primeiro trimestre de 2015 publicadas pela SSP), reforça a ideia de que o desmonte da Segurança Pública, (justificado pela falta de verbas) direciona os moradores, lojistas, empresários, como única alternativa, a contratação de outros Serviços de Segurança como: Instalação de sistemas de alarme, circuito interno de TV, vigilância 24 horas, executados pelo setor privado.

O descaso pela demanda por contratação de policiais é confirmado na proporção entre policiais que se aposentam anualmente e a nova ocupação de postos de serviço por candidatos aprovados em concurso e que se formaram nas academias de policia militar e civil.

 

O Estado de Santa Catarina, conta com um efetivo Policial de 11.000 policiais. Um policial para cada 612 habitantes. (dados obtidos com os Sindicatos das Polícias Civil e Militar).

 

A relação despropositada aumenta com o crescimento demográfico em Florianópolis, que é influenciado principalmente pelo êxodo rural para a Capital do Estado, e da migração de pessoas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

Mesmo com a obstinação dos profissionais da área de Segurança Pública Catarinense, pela proteção de toda a população, seu esforço fica comprometido pela falta de investimento à altura da demanda. Em 2010, criminosos invadiram a Vila Militar do Exército de Florianópolis por três vezes. O alvo em todas elas foi à casa de um oficial que esteve em missão na África. Os criminosos não se intimidaram com o alarme instalado. Na época o Comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, Cel. Eliésio Rodrigues, afirmou que é do perfil do arrombador ser consumidor de drogas, ele rouba para alimentar o vício.

 

O Presidente em exercício da AMECOM - Associação de Conselhos de segurança da Grande Florianópolis, candidato à reeleição, Dr. Carlos Thadeu Lima Peres, também membro do CONSEG, repetidas vezes clamou pela contratação de policiais em carácter emergencial.

Pires vê como uma saída para a falta de caixa, (sustentado pelas autoridades) recolocar nas ruas, parte dos policiais que estão no serviço administrativo e nos órgãos do governo. Na praia da Armação e no Pântano do Sul, as comunidades se utilizam da "Vigilância Comunitária". Medida que segundo o líder, ajuda a diminuir parte da ação da criminalidade, disse à nossa reportagem.

O Portal de Notícias DuCampeche publicou matéria em 17/06/2015 sobre o futuro Complexo de Segurança do Sul da Ilha, a ser implantado através de um conjunto de obras, que trará em único local: Um Corpo de Bombeiros, uma Delegacia de Polícia Civil, um Instituto Geral de Perícias, uma unidade de Polícia Militar, SAMU e o CIRETRAN.

 

Enquanto a ajuda financeira, para contratar novos policiais não vem, a população já começou a agir. A tentativa é salvaguardar suas famílias e seu patrimônio da violência cotidiana, através do uso de apitos conjuntamente à sua adesão ao programa “Vizinho Solidário”, capitaneado pela Polícia Militar de Santa Catarina.

A adesão ao programa “Vizinho Solidário” está sendo implantado na comunidade do Rio Tavares, próximo à pedreira e já conta com 450 (quatrocentos e cinquenta) moradores. O desafio é integrar as sete Ruas das mediações, que juntas somam cerca de 1500 (mil e quinhentos) moradores.

Acompanhe em breve matéria especial sobre o Projeto Vizinho Solidário, que estamos preparando para os leitores-internautas do Portal de Notícias DuCampeche.

 

Da redação DuCampeche