A temporada de verão está chegando, mas o Campeche ainda continua com vários problemas não resolvidos. Preocupados, moradores da região denunciam a poluição do Riozinho, que deságua diretamente no mar.
A AMOCAM (Associação de Moradores do Campeche) em parceria com a QMC Saneamento (Análise de Água e Material de Referência Certificado) realiza pelo menos a cada dois meses uma análise da qualidade da água. A análise mais recente foi feita no mês de agosto, e o laudo divulgado confirma que, mesmo no período de baixa temporada, a poluição das águas superficiais do Campeche continua.
A poluição afeta diretamente o equilíbrio ecológico da UC Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição e pode comprometer a balneabilidade na próxima temporada. Além de graves riscos à saúde pública.
Alencar Vigano, presidente da AMOCAM, diz que a Prefeitura da pouca atenção ao caso. ''Nós já tentamos o contato direto com a Prefeitura há mais de um ano atrás, em março de 2017, e não tivemos êxito, por isso partimos para uma intermediação do Ministério Público''.
Para resolver o problema do esgoto no Riozinho do Campeche, o Governo do Estado começou uma obra no local, onde deve funcionar a Estação de Tratamento de Esgoto, orçada em aproximadamente R$35 milhões. A estação deve atender cerca de 25 mil moradores, ou seja, apenas parte dos habitantes do Sul da Ilha.
A previsão de término da obra era para Julho de 2019, mas a Prefeitura já adiantou que o prazo divulgado na placa da obra não deve ser cumprido, e garante que a Estação de Tratamento de Esgoto ficará pronta ainda durante a atual gestão.
Já sobre a possível fiscalização para impedir que moradores joguem o esgoto no Riozinho do Campeche, a Prefeitura diz que falta conscientização das pessoas e não tem como acompanhar todos os sistemas de esgoto da região, que hoje funcionam de forma individual.
Fonte: RICTV Record SC.